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terça-feira, 9 de março de 2010

Time de 1975 em destaque na Revista Placar

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Recorte: José Pinto

Wilson Carrasco - 1977 - 2015 - 2020




Descendente de espanhóis, José Wilson Carrasco nasceu em 04 de fevereiro de 1951 no município de Rincão, Estado de São Paulo, região da Araraquarense. Mudou-se para Américo Brasiliense, na mesma região, onde dividia seu tempo entre o futebol de várzea e o trabalho na usina da cidade. CARRASCO começou a jogar futebol na Ferroviária de Araraquara em 1974 e, com ele, o time foi excepcional. Em 1976, com outros jogadores da Ferroviária, integrou a Seleção Paulista para representar o futebol brasileiro na Coreia do Sul. Depois da Ferroviária, CARRASCO jogou em vários times da elite do futebol brasileiro, tais como Sport_Club_do_Recife, Santa_Cruz_Futebol_Clube, Associação Portuguesa de Desportos e Cruzeiro.

Inácio França esteve com CARRASCO no terceiro trimestre de 2005 e publicou o seguinte artigo-resenha das conversas então mantidas:
Em outubro, se não me falha a memória, encontrei uma figurinha amassada daquela coleção e cismei de sair procurando antigos ídolos da torcida. O primeiro foi Luiz Fumanchu, que atualmente é comentarista esportivo numa rádio de sua cidade, no interior capixaba. Depois decidi que tinha de localizar Wilson Carrasco, um meia-esquerda arretado daqueles timaços do final dos anos setenta. Era apenas um menino de nove anos, no máximo 10, nem lembro do seu futebol, mas iniciei as buscas sabendo exatamente o que me motivava: deixaram marcas na minha memória as transmissões do locutor Ivan Lima, narrando os chutes fortes, as cobranças de falta mortais que saíam dos pés de Carrasco, Wilson Carrasco. Imaginava um sujeito implacável, com cara de mal, deixando os goleiros dos times do Sul em pânico.

Por isso minha primeira pergunta era inevitável: Carrasco é nome ou apelido por causa dos seus chutes? "É meu nome de família, sou descendente de imigrantes espanhóis. É um sobrenome espanhol", respondeu Carrasco, com a tranquilidade e o sotaque de caipira do interior paulista. Admito: passei esses anos todos imaginando que aquele era o apelido digno para um destruidor de defesas. Foi uma decepção, quase que perco a graça de continuar a conversa por telefone. Mesmo sem jeito, ouvi ele me confirmar o que um radialista tinha me antecipado: aos 56 anos, o velho camisa 10 mora nos subúrbios de Araraquara e é treinador dos juniores da Ferroviária, seu primeiro clube, de onde saiu direto para o Santa Cruz por indicação do ídolo Pio (também já entrevistado pelo ). "O Santa Cruz foi o clube que me abriu as portas do futebol nacional. Tive uma boa passagem, disputei dois campeonatos brasileiros ao lado de Nunes, Fumanchu e Joãozinho. Foi uma excelente oportunidade jogar ao lado deles". Pura modéstia. Carrasco estava a altura dos companheiros.

Do Arruda, chegou a ir ao Morumbi, mas o treinador Rubens Minelli o vetou por considerar que, com 1m72cm, era baixo demais. Seu destino acabou sendo a Portuguesa, onde dividiu quarto com Enéas, maior ídolo da história do clube do Canindé.

Depois, o meia rodou. Voltou ao Recife e foi campeão por um time de camisa vermelha-e-preta, com sede na Madalena. Há 20 anos, Carrasco veio pela última vez a Pernambuco para jogar exatamente contra o Santinha. "Foi pelo brasileirão de 1986, estava no Comercial de Mato Grosso do Sul. Empatamos em 0 x 0 no Arruda". Acredito que fui a esse jogo: o Santa perdeu muitos gols e matou a torcida de raiva.

Em 1992, se aposentou quando jogava no Varginha, do interior de Minas. Se aposentou, mas não encerrou a carreira: "Eu era assistente-técnico de Valdir Perez e precisaram de alguém para compor o meio-de-campo num coletivo. Fiz um gol no treino e acabei jogando mais oito vezes pelo time principal da Ferroviária, que na época disputava a segunda divisão do campeonato paulista. Mas aí desisti por causa da condição física, porque futebol eu tinha".
Até esse ponto, a conversa fluía num ritmo lento, quase aos empurrões por conta da timidez do entrevistado, sujeito reservado. Até que uma pergunta mudou o tom da sua voz e o ritmo das respostas:

"Minha maior emoção quando jogava no Santa? Ah, foi também a maior emoção da minha carreira: empatamos em 2 x 2 com o Operário, em Campo Grande, no Brasileiro de 1977, o que nos deixou a um passo da semifinal. Quando chegamos, tinha umas três mil pessoas no aeroporto. Foi tanta festa que demorei uma hora para chegar em casa, e olhe que eu morava no edifício Transatlântico, na praia de Boa Viagem, que é bem pertinho do aeroporto". Então, de repente, ele se transformou no Wilson Carrasco da minha infância: "Jogar no Arruda lotado era demais. Quando a torcida tricolor gritava o nome da gente, ficava arrepiado, com vontade de degolar os caras".

Fonte: Site Fillos de Galícia do Brasil

Luiz Fumanchu - 1975 - 1978



 José Luiz da Silva, o “Luiz Fumanchu”, nasceu em Castelo, Espírito Santo, no dia 14 de novembro de 1952. Formado nas categorias de base do Castelo Esporte Clube, iniciou sua carreira com apenas 14 anos. Seu irmão, Sérgio Roberto, era jogador do Fluminense e o levou para as categorias de base do clube das Laranjeiras. Nessa época ainda usava o apelido de infância, Pito. Quando transferiu-se para as categorias de base do Vasco da Gama, adotou o nome de Luiz Fumanchu. Segundo o próprio jogador, o nome surgiu depois que assistiu a um filme de caratê junto com seus companheiros do Vasco: “Começaram a me chamar de Fumanchu e eu adotei o nome”, esclareceu. Esse espetacular ponta, fez parte da Academia Coral, de 1975, que brilhou no Campeonato Brasileiro. Fumanchu atuou também no Sport, Fluminense, América do México, Flamengo e Londrina, onde encerrou sua carreira. Atualmente (2012), Fumanchu é comentarista esportivo da Rádio Cultura FM, em Castelo, Espírito Santo, sua cidade natal.

Pio - 1975




Mazinho e Pio - 2015
FOTO: ANTÔNIO MELCOP

Osmar Alberto Volpe, o”Pio”, nasceu no dia 15 de Novembro de 1945 em Araraquara-SP. Esse espetacular ponta esquerda, foi revelado pela Ferroviária de Araraquara, jogou no palmeiras e chegou ao Recife em 1974 para defender o Santa Cruz. Pio marcou época vestindo a camisa Coral jogando por quatro temporadas (1974-1978). Atualmente (2010), Pio é professor de Educação Física na UNESP (Campus Araraquara).

Camisas - 1979






Camisas - 1983

Criação: Rubens Sousa

Brasão - 2010

Ivan Fiel da Silva, o “Brasão”, nasceu no dia 01 de Janeiro de 1982 na cidade de São Paulo. O jogador ganhou destaque em 2009 jogando pelo Atlético de Goias que conseguiu ascender a Série A do Campeonato Brasileiro. Brasão chegou ao Santa Cruz no início de 2010 e logo tornou-se ídolo.
Clubes: Juventus-SP, Americano-RJ, Flamengo-SP, Sal Goacar-IND, Fluminense-BA, Atlético de Goiás e Santa Cruz.