Em 1972, por ocasião da comemoração do Sesquicentenário da Independência do Brasil, A CBD (atual CBF), criou uma competição internacional, a “Copa da Independência”, envolvendo vinte seleções do mundo. Vários jogos foram realizados no Recife, no estádio do Arruda, que foi reformado especialmente para receber jogos dessa competição. Na primeira rodada, realizada no dia 11 de junho, ocorreu um fato curioso: Irã e Irlanda entraram em campo para se enfrentar, mas as duas seleções tinham uniformes da mesma cor, verde. A solução encontrada pela seleção do Irã para resolver o impasse foi bem inusitada: eles resolveram adotar o uniforme do time campeão pernambucano da época, o Santa Cruz. Assim foi feito. A seleção iraniana teve o prazer de usar o manto sagrado Coral e, por isso, ganhou a simpatia da grande maioria dos torcedores presentes nos jogos do Irã.
Fonte: Coralnet
Arquivo Coral
Esse fato curioso, soa como uma grande ironia. O Irã, um autêntico país muçulmano, vestindo a camisa de um clube que traz no nome um símbolo do cristianismo, “a Santa Cruz de Cristo”. Outra coincidência intrigante: o Irã adotou o uniforme Coral num dia 11, uma data emblemática no que se refere aos conflitos entre os Estados Unidos (Cristãos) e o mundo Árabe (muçulmano). Há alguns anos o Barcelona realizou um jogo amistoso em um país muçulmano e foi impedido de usar seu uniforme tradicional que traz uma cruz no escudo. Sinais dos tempos!
Ed Cavalcante