Ontem à tarde fui ao Arruda para tentar – uso esse termo porque já sabia que seria difícil – comprar meus ingressos da grande final. Dei de cara com uma bilheteria vazia, nenhum movimento, um péssimo sinal. Fui ao guichê e me informaram que o ingresso de meia-entrada – sou professor e tenho direito a esse ingresso – já havia acabado. Na frente da bilheteria, acintosamente, um bando de cambistas vendia o ingresso que eu queria com o acréscimo de 15 Reais. Uma pessoa que perambulava por lá me esclareceu que os ingressos de meia-entrada estavam sendo postos à venda aos poucos: “Amanhã cedo tem mais” disse-me um simpático cidadão.
Pois bem, hoje, logo cedo, voltei ao Arruda. Desa vez um grande movimento, fila enorme, mesmo grupo de cambistas rondando o ambiente, entrei na fila. Quando chegou minha vez, uma bilheteira, ABSURDAMENTE estúpida, não quis me vender mais de um ingresso – estava com a carteira da minha esposa que também é professora e tem direito – dizendo que eram ordens da direção. Tentei argumentar, mas ela, com uma grosseria homérica, manteve-se irredutível. Desiste, então, de ver o meu time jogar. No jogo da subida passei pelo mesmo problema mas, eufórico, paguei o dobro do preço do ingresso num cambista. Dessa vez, usei a razão, e decidi não ser roubado.
Antes de ir embora, observei atento que vários cambistas entravam várias vezes na fila da meia-entrada e compravam mais de um ingresso. Quando o segurança percebeu que eu estava olhando com cara de “brabo” - tenho 1,91m e eles não sabem que não sou de briga – fez um sinal pro cambista – conhecidíssimo no Arruda – e ele disfarçou dirigindo-se à bilheteria da geral como se fosse comprar essa modalidade de ingresso. Já estava com os bolsos cheios de meias-entradas. Um vendedor de espetinhos que estava do meu lado falou para eu não criar problemas porque os cambistas são violentos e não vale o risco. O tal cambista que eu observei no guichê passou a me encarar com cara de “eu posso e tu não pode, mané”.
Por que isso acontece? Porque quem é responsável pelo setor de arrecadação do Santa Cruz sabe que a torcida vai de qualquer jeito, eles sabem que o estádio estará lotado mesmo maltratando o torcedor. Eu estarei em casa, com o rádio ligado, torcendo muito pelo meu clube. À noite estarei no show de Ringo Starr comemorando o título do Santa com minha bandeira. Nada mais há que se dizer!
Pois bem, hoje, logo cedo, voltei ao Arruda. Desa vez um grande movimento, fila enorme, mesmo grupo de cambistas rondando o ambiente, entrei na fila. Quando chegou minha vez, uma bilheteira, ABSURDAMENTE estúpida, não quis me vender mais de um ingresso – estava com a carteira da minha esposa que também é professora e tem direito – dizendo que eram ordens da direção. Tentei argumentar, mas ela, com uma grosseria homérica, manteve-se irredutível. Desiste, então, de ver o meu time jogar. No jogo da subida passei pelo mesmo problema mas, eufórico, paguei o dobro do preço do ingresso num cambista. Dessa vez, usei a razão, e decidi não ser roubado.
Antes de ir embora, observei atento que vários cambistas entravam várias vezes na fila da meia-entrada e compravam mais de um ingresso. Quando o segurança percebeu que eu estava olhando com cara de “brabo” - tenho 1,91m e eles não sabem que não sou de briga – fez um sinal pro cambista – conhecidíssimo no Arruda – e ele disfarçou dirigindo-se à bilheteria da geral como se fosse comprar essa modalidade de ingresso. Já estava com os bolsos cheios de meias-entradas. Um vendedor de espetinhos que estava do meu lado falou para eu não criar problemas porque os cambistas são violentos e não vale o risco. O tal cambista que eu observei no guichê passou a me encarar com cara de “eu posso e tu não pode, mané”.
Por que isso acontece? Porque quem é responsável pelo setor de arrecadação do Santa Cruz sabe que a torcida vai de qualquer jeito, eles sabem que o estádio estará lotado mesmo maltratando o torcedor. Eu estarei em casa, com o rádio ligado, torcendo muito pelo meu clube. À noite estarei no show de Ringo Starr comemorando o título do Santa com minha bandeira. Nada mais há que se dizer!