Magro, de corpo acrobático, geralmente aparecia no estádio, quando a Cobra Coral jogava, de calça e sapatos brancos, e às vezes paletó na mesma cor, tudo isso em torno de uma camisa tricolor. Soltava baforadas de um grosso charuto, talvez por recomendação de algum pai de santo, mas isso não se sabe.
Não assistia ao jogo direito. Ficava na frente do alambrado, isso na antiga Ilha do Retiro, e nos Aflitos, posteriormente no Arruda, andando de um lado para o outro. Costumava carregar uma sombrinha nas cores do Santa, preto, branco e encarnado, como diz o rojão gravado por Jackson do Pandeiro, outro tricolor – “esse jogo não pode ser um a um...”
O Homem do Charuto era querido por todos e entrou na galeria dos tipos interessantes que pontificaram na torcida coral através dos tempos, a exemplo de outros que também já se foram, como Anísio Campelo, Ivanildo da Buzina, Pantera, o Mudo e Geraldo Arruda. Hoje eles são substituídos por gente igualmente engraçada, tipo Mazinho da Buzina, Bacalhau e Chico da Cobra.
Por: Lenivaldo Aragão